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Regimes Contábeis: Competência x Caixa

22 de setembro de 2009 Deixe um comentário Go to comments

Se você pretende ingressar no mundo dos negócios, é bom ter consciência de que a tarefa não é nada simples. Um mundo de informações recairá sobre você, que terá autonomia para decidir qual o melhor rumo para a sua empresa. Afinal, a principal atividade do empresário, entre outras coisas, está fundamentada na tomada de decisões, sempre presente no seu dia-a-dia.

A contabilidade, por exemplo, é essencial para que as decisões sejam tomadas com maior segurança. Imagine que você tem um fluxo financeiro grande, isto é, paga contas, recebe pelas vendas que efetua, só que nem sempre estes prazos andam em sintonia, de forma que precisa ter um controle mais efetivo para medir a riqueza de sua empresa e sua capacidade para se manter.

Você já deve ter ouvido falar nos regimes contábeis, mas não necessariamente sabe como funcionam. Especialmente entre os pequenos empresários, há uma tendência de negligenciar estes controles, por um motivo muito simples: microempresas não são obrigadas a certas obrigações comuns a todas as demais.

Regime de Competência x Regime de Caixa


Por exemplo, não são obrigadas a levantar balanço patrimonial e de resultado econômico a cada ano. Neste contexto, deixam de escriturar suas receitas e despesas pelo regime de competências, que é considerado o mais perfeito pela teoria contábil, cuja definição veremos a seguir.

O reconhecimento da receita no regime de competência, ou regime econômico, se dá no momento em que ela é gerada e não efetivamente quando é recebida (entrada em caixa). O mesmo acontece com as despesas, ou seja, o reconhecimento acontece quando há o gasto e não necessariamente o desembolso efetivo (saída de caixa).

O mesmo não acontece no regime de caixa, ou financeiro, que funciona mais como ferramenta gerencial e de controle, pelo fato de considerar receita tudo aquilo que entra no caixa e despesa tudo aquilo que é pago em determinado período.

Ou seja, não há reconhecimento de contas a vencer ou de receitas de vendas realizadas a prazo. É usado como contabilidade auxiliar por medir a disponibilidade de caixa da empresa.

É importante destacar que este sistema é considerado imperfeito por uma simples razão: não considera as despesas futuras e receitas a receber. Imagine uma “lan house”, que não leva em conta a depreciação de seus computadores, isto é, o gasto pelo uso, que é extremamente grande neste caso, demandando reposição das máquinas com certa freqüência.

Assim, o lucro financeiro, resultado da diferença entre a receita de vendas do mês e as despesas pagas no mesmo período, por exemplo, pode não ser tão positivo assim, considerando que, no futuro, a empresa terá que repor este maquinário de uma vez, e não terá provisionado este gasto em sua contabilidade, de forma que poderá entrar no vermelho com grande facilidade.

Pelo regime de competências, portanto, há uma aproximação mais exata do resultado da empresa. Ainda que ela tenha gerado um caixa positivo, pode não ter capacidade de gerar recursos para repor seus bens. Assim, pensar nestes gastos, que para empresários inexperientes podem ser vistos como despesas “invisíveis” (que nem passaram pela sua cabeça), é de extrema importância.

Para que tenha em mente a importância deste planejamento, pense que a cada dia o seu computador vai ficando mais velho, assim como os móveis do escritório, que no final do ano a sua folha de pagamento será dobrada por conta do décimo terceiro salário e que a inadimplência pode comprometer o seu caixa pelos próximos meses.

Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/pequenos_empresarios_devem_prezar_a_saude_financeira_do_seu_negocio/4240/

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